As três maiores construtoras residenciais do país publicaram seus resultados, PDG, MRV e Cyrela, todas apresentaram quedas de margens de lucratividade no último trimestre em relação ao que vinham apresentando.
A principal razão é pressão dos custos, principalmente o aumento do custo de mão de obra, que não foram previstos na viabilidade de empreendimentos , e que agora estão pressionando as margens. Mas não é só isso, divido aqui em 4 partes o que faz a diferença para uma boa lucratividade em uma construtora:
1- Eficiência de Incorporação e Construção = “Investimento eficiente em terrenos com processo de incorporação rápida (melhor fluxo de caixa)”*. Construir dentro ou abaixo do orçamento, respeitando o cronograma e a qualidade estabelecida.
2- Eficiência comercial = Vender pelo preço correto, remunerando adequadamente o e investindo o mínimo possivel em propaganda.
3- Eficiência administrativa = Estrutura de retaguarda informatizada que assuma com eficiência o controle de toda a construtora, com o menor custo possível.
4- Eficiência Financeira = Captar recursos a um custo baixo e alocar da melhor forma possivel, gerando a menor despesa financeira possivel.
O conjunto dessas quatro partes impacta na chamada “última linha”, o lucro das construtoras. O desafio se encontra em cada um desses “universos”, quem conseguir gerir melhor terá a construtora mais redonda.
Não basta ter uma construtora que consegue cumprir seus orçamentos de construção, mas tem grandes despesas financeiras, ou grandes despesas administrativas, é o somatório dessas atividades que efetivamente impacta no resultado final.
Vejam abaixo as margens de lucro das 3 maiores construtoras do Brasil no 4T/2010 e como ela variou em relação ao apresentado no ano.
PDG – 11,8% (-3,3% em relação ao que conseguiu em 2010)
MRV – 17,6 (-3,4% em relação ao que conseguiu em 2010)
CYRELA – 5,9% (-6,4% em relação ao que conseguiu em 2010)
Frente a esses novos desafios, é importante que as construtoras busquem controlar melhor o que efetivamente está ao alcance, principalmente seus custos. Essa é a guerra que as construtoras terão que vencer, se quiserem ser mais competitivas e atraentes para seus acionistas.
* Colaboração Eduardo Consorte.
Rodrigo, vou “puxar a sardinha” para o meu lado:
Incluiria a Eficiência Estratégica: investimento eficiente em terrenos com processo de incorporação rápida (melhor fluxo de caixa), que propiciem uma boa velocidade de venda (localização) e pouca “dor de cabeça” para obra.
Abs!
Hoje em JF posso acompanhar de perto como a MRV tem excelência em concatenar todos estes processos. Com esta fórmula a MRV consegue estar à frente das outras gigantes em lucratividade.